Tem dias que sou gota num mar sem fim e só a escrita discerne e reconecta.
Tem dias que a única companhia possível é uma xícara de chá de Melissa.
Tem dias que nem o brilho do Sol no céu azul de brigadeiro torna a vida mais doce.
Tem dias que a única proteção é a da coberta envolvendo o corpo suprindo o sentimento que falta dentro.
Tem dias que só o silêncio é capaz de dizer o que faz morada na alma.
Tem dias que só as lágrimas expressam as dores de outrora.
Tem dias que o sorrir não emerge, ainda que do lado de fora reine a alegria.
Tem dias que só é possível navegar nas correntezas mais profundas do sentir.
E tem dias, e dias, nada é permanente.
Para quem vê, sente e vive os ciclos da natureza, a impermanência é uma das maiores belezas da vida.
O viver carrega intrínseco o amanhã que é a única possibilidade real de tudo ser diferente, hoje não precisa ser um ponto final.
Se para você a dor dilacerar a alma e quiser conversar ligue no 188, é 24 h, sempre haverá um voluntário do CVV para te acolher e proporcionar apoio emocional. Ainda que não saiba direito o que sente nem o que quer falar, busque auxílio, você não precisa passar por isso só.
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