Por muito tempo fui do tipo que só enxergava a felicidade através do outro, assim veio essa mão sempre estendida a quem a mim procurasse.
Muitas vezes me questionei: como eu um ser tão impuro e imperfeito poderia auxiliar alguém!? Mas quem nesse planeta é perfeito? Seria errado a lacuna de um interagir e trocar com seu próximo? Existe errado?
Até que a resposta da vida veio a galope mostrando que a própria perfeição e auxílio estão disponíveis para todos, a própria natureza ensina.
Estudar e aprender através dela é uma grande oportunidade de reverenciar a sua potente irradiação vital.
É contemplar no microcosmo a sabedoria do macrocosmo.
É enxergar na pequenez de si mesmo a centelha divina da transformação e da cura.
É compreender, dentro da nossa capacidade, a dinâmica de energia universal.
Os seres humanos enevoados em seus pensamentos afastaram-se de si mesmos, e por consequência dela também, agora padecem na busca do reencontro.
E assim como é trabalhoso manter seu lar limpo, e muitos terceirizam isso, fazem o mesmo com sua morada que é seu corpo, seu templo. Não assumindo suas responsabilidades e passando adiante aquilo que só ele mesmo pode depurar.
O seu eu superior assiste a tudo isso e pede pressa e não é pressa no trânsito, no trabalho, na conquista da matéria, é pressa de reconstrução interior, depuração de caráter, refinamento do coração.
Que a rotina não massacre nosso despertar e nossa real reconstrução.
Que os olhos sejam sempre capazes de enxergar e admirar a perfeição do belo.
Que a nutrição interior faça sempre florir.
E que o perfume de cada pétala arrancada de sua morada e esmagada deixe o rastro do amor por onde passar.
Gabriela Picolo
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